terça-feira, 20 de maio de 2014

MPF investiga internautas que insultaram nordestinos em notícias de acidente em Canindé

Procuradoria da República informou que a conduta dos usuários poderá ser enquadrada como crime de racismo, que prevê dois a cinco anos de prisão

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou, nesta segunda-feira, 19, procedimento administrativo criminal para apurar a conduta dos internautas que fizeram comentários discriminatórios em matérias jornalísticas sobre o acidente com ônibus em Canindé. Os recados tiveram repercussão na Internet.

Segundo o MPF, desde domingo, já foram identificados e coletados dezenas de insultos a nordestinos em portais de notícias que veicularam o acidente na BR-020, em Canindé. O procurador da república Edmac Lima informou que a conduta dos acusados será investigada a partir da quebra do sigilo telemática dos usuários. Ele afirma ainda que a conduta deles pode ser enquadrada como crime de racismo, que prevê dois a cinco anos de prisão.
Dentre os comentários preconceituosos, estão os dos internautas identificados como “Petista Silva” e “Eduardo Mengele”. O “Petista Silva” atribui o acidente à “cabeça gigante dos cearenses”. Em seu comentário, “Eduardo Mengele” afirma que “nada de valor foi perdido”.

fonte: